Dietoterapia

A alimentação e a respiração são as principais fontes de energia do homem. O alimento só consegue exercer totalmente seu efeito quando o organismo está em condições de assimilá-lo, separá-lo no que é aproveitável e não aproveitável transformá-lo e transportá-lo aos órgãos. Devido a isso, é importante, a energia existente na alimentação e a capacidade do organismo de aproveitá-la. Todo alimento tem a capacidade de aquecer ou de resfriar o seu elemento (água, madeira, fogo, terra, metal) correspondente ao seu sabor. Quando consumimos um alimento, e este nos fornece a energia que estamos precisando, logo percebemos o seu efeito benéfico, nos sentimos saciados, e revigorados. Em contra partida, quando consumimos um alimento que prejudica o fluxo energético, nos sentimos cansados sonolentos e sem energia após a refeição.

De acordo com a capacidade de fornecer frio (yin), ou calor (yang), os alimentos podem ser classificados dentro dos seus elementos cujo sabor seja respectivo.

Quente: alimentos que fornecem energia extremamente Yang ao seu elemento correspondente.

Morno: alimentos que fornecem energia Yang moderado ao seu elemento correspondente.

Neutro: alimentos que tendem a harmonizar e equilibrar a energia de seu elemento correspondente.

Frio: alimentos que fornecem energia Yin moderada ao seu elemento correspondente.

Gelado: alimentos que fornecem energia extremamente Yin ao seu elemento correspondente.

Uma boa saúde necessita que cada órgão (Zang) e víscera (Fu) possua uma energia equilibrada, trazendo ao organismo a saúde física, mental, e energética. A doença se manifesta quando um órgão ou víscera (Zang Fu) apresenta-se deficiente ou em excesso de energia, essas desordens podem ser tratadas através de uma alimentação adequada, visando a melhora do quadro energético geral, e permitindo que o fluxo de energia (qi)e sangue (xue) seja restabelecido, promovendo o tratamento de enfermidade e patologia como a obesidade.

Yi Yin da dinastia (século XVI ao XI aC.) elaborou uma teoria a que chamou da harmonia dos alimentos em que ele relacionou os cinco sabores: doce, azedo amargo picante e salgado as necessidades nutricionais dos cinco principais sistemas do corpo (Coração, Fígado, Rim, Baço/Pâncreas, Pulmão). O modelo da ideia energética da alimentação não se preocupa com as calorias ou com os nutrientes contidos nos alimentos como minerais, gorduras, carboidratos e sim com o efeito da comida, ou seja,  tem que conhecer a condição térmica dos alimentos.